Dr. Gustavo Holanda - Neuropediatra
TDAH

TDAH em Adolescentes: É Verdade que a Medicação Concerta Pode Parar de Funcionar?

Entendendo a Eficiência do Metilfenidato OROS ao Longo do Tempo

Uau! Pergunta mesmo bombástica! Foi exatamente isso que recebi na página "PERGUNTE AO ESPECIALISTA": "Meu filho de 13 anos tem TDAH e faz uso da medicação Concerta (metilfenidato OROS) 18mg há aproximadamente 8 meses. No inicio houve atá significativa melhora do quadro. Porém agora parece que mediação não esta trazendo o mesmo efeito. Isso pode realmente acontecer?"

Entendo perfeitamente sua preocupação. Ao cuidar de um filho com TDAH, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, é comum nos depararmos com desafios e incertezas, especialmente em relação ao tratamento. O Concerta, conhecido pelo seu princípio ativo metilfenidato OROS, é uma medicação amplamente utilizada e reconhecida pela sua eficácia em gerenciar os sintomas do TDAH. Essa medicação atua no sistema nervoso central, aumentando a concentração e diminuindo a impulsividade e a hiperatividade, elementos característicos deste transtorno.

É importante notar que, ao longo do tempo, o corpo pode se ajustar ao medicamento, um fenômeno conhecido como tolerância. Quando isso acontece, a eficácia do medicamento pode parecer diminuir, como você descreveu. Isso não é incomum e pode ser um sinal de que é necessário reavaliar o plano de tratamento. Às vezes, ajustes na dosagem ou mesmo a alteração para um medicamento diferente podem ser necessários para obter os resultados desejados.

Também é essencial considerar que o TDAH é um transtorno complexo, que pode evoluir com o crescimento da criança. À medida que seu filho se desenvolve, suas necessidades também mudam. Portanto, o acompanhamento regular com um especialista é crucial para adaptar o tratamento às novas fases de sua vida. Esse acompanhamento permite uma avaliação contínua dos sintomas, a eficácia da medicação e o ajuste das estratégias de manejo conforme necessário.

Além do tratamento farmacológico, o suporte psicoterapêutico e mudanças no ambiente de vida e escolar podem ser extremamente benéficos. Estratégias que envolvem organização, manejo do tempo e técnicas de relaxamento podem complementar o tratamento medicamentoso, oferecendo uma abordagem mais holística ao cuidado.

Quando falamos de TDAH - Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade - nos deparamos com uma vasta gama de desafios, tanto para quem vivencia o transtorno quanto para os que estão ao redor, tentando oferecer suporte. A medicação Concerta, cujo princípio ativo é o metilfenidato OROS, tem sido uma solução eficaz para muitos jovens enfrentando o TDAH. Inicialmente, muitos notam uma melhora significativa na concentração e na gestão da impulsividade e hiperatividade. Contudo, não é raro ouvir relatos de que, após um certo período, o efeito parece não ser o mesmo.

O fenômeno da tolerância, onde o corpo se adapta à medicação, tornando-a menos eficaz ao longo do tempo, pode ser uma das explicações para essa mudança. Isso não é exclusivo do Concerta ou do TDAH; acontece com muitos medicamentos utilizados para tratar condições crônicas. O ajuste da dosagem ou a troca por outro medicamento pode ser necessário após uma reavaliação cuidadosa por um especialista.

Além disso, é crucial lembrar que o TDAH não é uma condição estática; ele evolui conforme a criança cresce. A adolescência traz consigo mudanças hormonais e psicossociais que podem influenciar a maneira como o transtorno se manifesta. Por isso, o acompanhamento contínuo com um profissional, preferencialmente um neuropediatra ou um psiquiatra infantil familiarizado com o TDAH, é essencial.

A medicação é apenas uma parte do tratamento. Estratégias comportamentais, ajustes no ambiente escolar e doméstico, e o apoio psicoterapêutico, são igualmente importantes. Essas intervenções, combinadas com o tratamento farmacológico, oferecem uma abordagem holística que pode melhorar significativamente a qualidade de vida do adolescente e sua família.

Se você está percebendo que a medicação atual do seu filho não está tendo o mesmo impacto, é altamente recomendável agendar uma teleconsulta com um neuropediatra bem avaliado. Este especialista poderá oferecer uma avaliação detalhada e ajustar o plano de tratamento conforme necessário. Lembre-se, o objetivo é encontrar o equilíbrio que permita ao seu filho navegar pela vida com maior facilidade e confiança.

Caso sua criança precise de uma avaliação personalizada e especializada, agende uma teleconsulta no botão do cabeçalho da página ou ao final desse texto.

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